The Punk Singer é um documentário de 2013 sobre uma das minas mais incríveis que apareceram nos anos 90, Kathleen Hanna. Punk, Riot girrrl, ativista feminista, entre outras coisas, Hanna foi vocalista do Bikini Kill e depois líder do Le Tigre. Além de ser uma das garotas mais importantes pra música e para o movimento feminista, ela era amiga do Nirvana e namorada do Dave Ghrol, também nos anos 90. Talvez você não saiba, mas foi ela quem pichou na parede da casa do Kurt Cobain a famosa frase “Kurt Smells Like Teen Spirit”, que mais tarde, virou o que talvez seja o maior hit da banda.
O filme é super detalhado e mostra a vida de Kathleen desde o começo da sua trajetória em Olímpia, Washington, depois a formação do Bikini Kill, o lançamento do movimento Riot Grrrl, Le Tigre e a última banda dela, The Julie Ruin.Também entra na vida “pessoal” dela e do marido (e Beastie Boy) Adam Horovitz, e na contínua luta contra a Doença de Lyme, que a forçou a sair da cena da música para se tratar. The Punk Singer foi dirigido por Sini Anderson, que além de diretora e performer, é a co-fundadora do Sister Spit, um coletivo que organiza uma série de eventos de spoken-word (termo que inclui palestras, leituras) de empoderamento feminino.
O filme tem ótimas e raras cenas de arquivos, além de fotos e depoimentos de pessoas próximas a Hanna, artistas que trabalharam com ela ou que foram influenciadas por suas ideias. A diretora reuniu um grupo de artistas, principalmente mulheres, para dar seus depoimentos sobre ela: Kim Gordon (Sonic Youth), Carrie Brownstein (da banda Sleater-Kinney e do seriado ‘Porlandia’), Tamra Davis (diretora de vídeos, filmes e séries), Joan Jett (ícone do rock feminino), Corin Tucker (Sleater-Kinney) e muitas outras e outros. O Bikini Kill, primeira banda de Katheleen Hanna, foi uma das primeiras bandas do movimento riot grrrl, dos anos 90, que reunia bandas formadas por mulheres que falavam em suas letras sobre a luta pelos direitos e os ideais feministas.
Uma das coisas mais fodas nos shows do Bikini Kill é que a banda enfrentava os punks mais radicais, obrigando os garotos a abrirem espaço para as meninas, chamando elas para a frente do palco. Hanna tinha um grito de guerra: ‘Women to the front’ (mulheres à frente) e depois a banda distribuía panfletos e fanzines feministas, que criticavam o machismo da cena punk e incentivava as garotas a montarem suas bandas, uma atitude nova para a época.
Isso é só uma parte da trajetória maravilhosa dessa rebel girl. The Punk Singer é um retrato fiel e honesto sobre uma artista que sempre lutou pelo que acreditou.
Assistir The punk Singer além de ser uma forma deliciosa de saber mais sobre música e feminismo, também é uma injeção de ânimo, melhor do que qualquer livro de auto ajuda. Falando em auto ajuda, a palestra chamada Herstory Repeats, ministrada por ela em eventos de spoken-word é maravilhosa. Assistam! O documentário e a palestra (e depois me contem o que acharam). Vida longa a Kathleen Hanna!
Para ler mais: Resenha The Punk Singer no blog Cabeça de Tédio
Fonte: http://www.girlswithstyle.com.br
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